Fontes próximas do governo provisório da AD, garantem a pés juntos que o novo ministro da Agricultura e Pescas dará, a breve trecho (se tiver tempo), uma conferência de imprensa subordinada ao tema: "Vigilância nas 200 Milhas Marítimas da Costa Portuguesa."
Nesta hipotética conferência – ainda segundo as mesmas fontes (pouco seguras) – pensa-se que o dito ministro virá na disposição de recusar responder às perguntas dos jornalistas, dado que, como não sabe nadar, não se sente como peixe na água, podendo assim sentir-se inibido para dar respostas cabais.
Especula-se, no entanto, que em consequência da actual escassez de meios de vigilância na nossa zona económica exclusiva, por insuficiência de corvetas, tal acção preventiva poderá vir a ser executada interinamente por corvinas pescadas e previamente adestradas, unicamente dentro das águas territoriais nacionais. Solução havida de último recurso, devida à pouca abundância de carapaus de corrida nas águas costeiras.
A propósito desta questão tão essencial como fundamental (passe a redundância, mas é só para encher isto), aqui há tempos foi feito um inquérito à comunidade piscatória da Charneca do Lumiar (também eu não acreditava, é verdade!), tendo-se apurado que apenas 10 por cento das pessoas inquiridas sabia o significado de ZEE (Zona Económica Exclusiva); 22 por cento pensou que era uma referência à CEE, mostrando-se até surpreendida com a "ousadia" da inquirição, por a considerar despropositada e fruto de uma inconcebível ignorância; 44 por cento, ao ouvir pronunciar a sigla ZEE, disse duvidar que se consiga vigiar seja o que for, e foi mais longe ao acreditar que o peixe vai todo por água abaixo; e que não vale a pena pregar aos peixes; e que vão lá vender o peixe pra outra praça; e que o que eles querem é fazer render o peixe, et cetera; 24 por cento não respondeu com receio da (ex) PIDE/DGS (Polícia de Intervenção e Defesa do Estado/Direcção Geral de Segurança).
Finalmente, dos 10 por cento de pessoas informadas, 9 por cento chamou à ZEE, Zona Exclusiva de Estrangeiros.
Se ainda sobrar tempo ao ministro, pode ser que se debruce sobre o plano estratégico da PAC (Política Agrícola Comum)...