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Criei este blogue com a ideia de o rechear com estórias rutilantes, ainda que às vezes embaciadas. Penso que são escritas sagazes e transparentes, embora com reservas e alguma indecência à mistura. No entanto, honestas.
"Um dia deambulava pelo Centro Comercial Colombo mais o meu pai e, como a fome apertava, resolvemos comer por lá qualquer coisa.
Dirigimo-nos à zona da restauração e entrámos numa pizaria.
Após algum tempo de espera, reparei que o senhor olhava fixamente para uma mulher jovem sentada a uma mesa contígua à nossa.
O corte de cabelo da moça formava uma espécie de crista tricolor: verde, lilás e azul.
O meu pai continuava a olhar insistentemente para a jovem, deixando-me pouco à vontade para lidar com o seu súbito interesse nela.
A rapariga olhava à sua volta de vez em quando e dava sempre com o olhar fixo e, aparentemente, inquisidor do meu pai.
Quando se cansou de ser observada perguntou-lhe sarcasticamente:
«Qual é o seu problema, avôzinho, nunca fez coisas malucas na vida?»
Conhecendo o meu "velho" como conheço os dedos das minhas mãos, engoli em seco, pois sabia como eram eloquentes, as suas respostas.
No seu estilo plácido, o troco saiu com prontidão:
«Olhe, minha menina, uma vez estava tão janado, tão janado, que fiz sexo com uma papagaia, veja bem! Por conseguinte, estava para aqui a congeminar se, por ventura, você é minha filha.»"
Nota: Veio parar ao meu correio electrónico.
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