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Criei este blogue com a ideia de o rechear com estórias rutilantes, ainda que às vezes embaciadas. Penso que são escritas sagazes e transparentes, embora com reservas e alguma indecência à mistura. No entanto, honestas.
Correndo o sério risco de estar a publicar "fake news" - hoje em dia, estão na moda - , decidi também contar uma, esta por minha conta:
Começam a circular rumores sobre alterações às regras de algumas modalidades desportivas no pós-covid-19. Quiçá, no sentido de as tornar mais apelativas para as massas, nomeadamente para a massa mãe e para o pai também, sem esquecer as massas velhas e as massinhas tenras.
Alguém disse um dia que não há nada mais precioso no mundo do que as massas velhas e as massinhas tenras e não posso estar menos de acordo.
Bom, mas a eventualidade destas medidas poderá ter a ver com a previsão de que, lamentavelmente, os pavilhões gimnodesportivos e os estádios vão ficar vazios porque a malta, mesmo depois do vírus "assentar", não vai arriscar.
De outro modo, seria uma maneira de simplificar alguns preceitos e, por conseguinte, agilizar o trabalho dos árbitros, tornando-o, também, mais seguro.
Assim, à semelhança, por exemplo, das resoluções que se pensa que poderão vir a ser tomadas pelo Comité Internacional de Hóquei em Patins (CIRH), a Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) também poderá vir a aprovar regras que permitam o toque de bola nos patins dentro do garrafão desde que seja empalhado e contenha palhete. Não será permitido o toque em garrafões com revestimento plástico. O ambiente agradece.
Também, a Federação Internacional de Voleibol (FIVB) parece estar em vias de introduzir o castigo máximo nas regras do jogo. Já utilizado com êxito noutras modalidades, o penálti seria, experimentalmente, indirecto no voleibol.
Para os lados da Federação Internacional de Xadrez (FIDE), pensa-se também que, a breve trecho, venha a ser aprovada a marcação de golos de cabeça na modalidade, dado que é um jogo muito cerebral. No entanto, ainda é prematuro dar cabo da cabeça com conjecturas sem pés nem cabeça.
Por seu lado, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) pensa promover, a médio prazo, a implementação do tradicional jogo de matraquilhos como desporto profissional, visto que a concorrência desleal das tecnologias de informação não poupa meios para fazer "reset" a estas memórias da nossa juventude. A FPF poderá, portanto, tentar, atrair praticantes para esta actividade tão antiga e salutar. O Benfica, o Sporting e o Porto já demonstraram interesse em aderir a esta feliz iniciativa da FPF que, por enquanto, não passa de uma ideia fixa.
Vamos esperar que outros clubes se lhes juntem e tenha pernas para andar, mas sem passarem a perna uns aos outros porque isso é muito feio no desporto, meus senhores!
Por seu turno (não confundir com "por Saturno") o lançamento (ou arremesso) do peso poderá vir a ser levado a efeito, utilizando a técnica do piparote, o que requer robustez, destreza e alguma hipertrofia das extremidades dos membros superiores.
Relativamente à pesca desportiva, pensa-se também que deverá incluir na sua lista de iscas oficiais, não só as iscas com elas, mas também outros engodos como os tradicionais couratos e pezinhos de coentrada. Simultaneamente, os concorrentes vão petiscando durante a competição e não adormecem. A menos que o vinho seja uma pomada.
Esperemos, então, para ver. Eu já estou sentado e "c'uma ganda sonêra". O almoço foi pesadote...
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