O trabalho Mona Lisa (Lisa Gherardini?) de Leonardo Da Vinci, teve início em 1503 – segundo a Wikipédia que eu, de factos cronológicos, pesco zero – , tendo sido concluído três ou quatro anos mais tarde. Sinceramente, cá o je, leva muito mais tempo pra concluir seja o que for! A coisa tem de ficar perfeitinha. Mas é normal porque, ao pé de um totó como o Leo, eu sou um génio. Adiante.
É nesta obra que o artista melhor concebeu a técnica do "sfumato", que não sei bem o que é, peço desde já desculpa pela minha elevada ignorância, mas também não é esse o objectivo deste meu rabisco: explicar técnicas de pintura. Ademais, renascentista? Era o que faltava! Pesquisem, se fazem favor! Prosseguindo: O quadro representa uma mulher com uma expressão deliciosamente introspectiva e um pouco tímida até. Segundo os cronistas de antanho, uns soalheiros do caraças, parece que a pobre andava com a cabeça à razão de juros, pois vivia no sonho de encontrar um amor (era casada...). Como assim que tanto o procurou que desesperou e perdeu a cabeça. O amor, através dos tempos, foi (e é) sempre muito parvo: fez (e faz) as pessoas atirarem-se de cabeça; darem com a cabeça nas paredes; andarem com a cabeça à roda e o diabo a quatro.
É claro que há boas e raras excepções, mas – olhem – não concordo nada com aquela cena do amor perdurar enquanto durar. Que é lá isso?! São malucos ou quê?
Divaguei de novo. Prossigamos:
Como dizia, o sorriso da Mona Lisa (ou Gioconda) é de uma sedução quase comovente, mesmo que, aparentemente, um pouco difícil de perscrutar.
O quadro de DaVinci é, talvez, o retrato mais famoso da história da arte. Pelo menos é o mais badalado, cobiçado e sobre o qual se têm escrito histórias cheias de pressupostos acerca da personagem pintada por ele. Poucas são as obras de arte que têm gerado, ao longo de gerações, tantas paixões e controvérsias.
Muitos historiadores de arte são da opinião de que a reverência supostamente obsessiva de Leonardo Da Vinci pela graciosidade desta misteriosa mulher estava relacionada com a surpreendente semelhança com um jovem, alegadamente belo, Salaí, um dos seus dois assistentes, por quem o pintor se havia apaixonado. Verdade ou mentira, só Deus sabe. E aqui se retorna ao ponto de partida que é, ao fim e ao cabo o motor principal da nossa existência: o amor, a sua transversalidade e as suas incongruências.
Ao ponto de perdermos a cabeça...