Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Criei este blogue com a ideia de o rechear com estórias rutilantes, ainda que às vezes embaciadas. Penso que são escritas sagazes e transparentes, embora com reservas e alguma indecência à mistura. No entanto, honestas.
Embora se aguarde com relativa expectativa uma confirmação oficial, ou pelo menos oficiosa, tudo leva a crer, por muito inverosímil que pareça, que o nome do actual Ministro da Administração Interna (MAI), Eduardo Cabrita, tenha sido proposto pelos comandos da Guarda Nacional Republicana (GNR) e Polícia de Segurança Pública (PSP) e também pela Direcção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), para uma candidatura vacilante a um Prémio Nobel, não se sabendo, ainda, de quê.
Os presidentes da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) não se pronunciaram até ao momento porque estão muito indecisos.
Não obstante ter-se encontrado facilmente um nome sonante, pelos menos para as forças da ordem, parece não haver consenso quanto ao Prémio Nobel a que Eduardo Cabrita se poderia candidatar, como referi. Aliás, o próprio candidato a candidato terá dito a alguém, não se sabendo a quem, que "houve negligência grosseira e encobrimento grave" na proposta da sua nomeação, para além de achar condenável não haver unanimidade quanto ao carácter do prémio, ao que uma alta patente da PSP, terá comentado: "pobre e mal agradecido, é o que é!".
Os delegados sindicais do Corpo de Intervenção da PSP, a despeito da força dos seus argumentos, não teriam logrado impor a tese segundo a qual o notável ministro se deveria candidatar ao Prémio Nobel da Paz.
No entanto, o comando da PSP, à margem da posição divergente dos elementos do sindicato, inclinar-se-ia para o Prémio Nobel da Física, devido à personalidade multifacetada do candidato. Isto, apesar de um dos seus representantes ter afirmado: "Não sabemos o que é a física, mas soa-nos bem."
A GNR tinha apresentado, a princípio, a proposta de candidatura ao Prémio Nobel da Pecuária, mas acabaria por recuar para uma proposição "mais sensata", segundo o porta-voz da corporação que concluiu: "Se o andidato fosse o apoulas Santos, vá ue não vá! Assim, pensamos ue o Prémio Nobel da uímica assenta ue nem uma luva ao nosso ministro. Questionado sobre a razão da escolha desta opção, respondeu: "orque sim, prontos!", despedindo-se com aprumo e alguma altivez, batendo a pala e as botas (não confundir com a expressão inglesa "kick the bucket" q'isso é outra coisa) altas nas pedras da calçada do quartel do Carmo.
Finalmente, o SEF, defendendo uma posição de compromisso, propôs o ministro da tutela para o Prémio Nobel da Língua Estufada, já que EC seria, na opinião do director da instituição, "Um vernáculo representante e continuador da língua de Pina Manique."
Mas, como disse inicialmente, por enquanto isto não passa de um mero boato (ou fake news, pra inglês ver).
Já agora, só a título de curiosidade: Como é consabido, Diogo Inácio de Pina Manique foi Visconde de Manique do Intendente que, no seu tempo, já era um bairro mal afamado. Contudo, não vou adiantar mais nada sobre o assunto, dado que viria a despropósito... Bem, só mais uma achega:
Dona Maria Pia, que nunca escondera a enorme devoção ao seu intendente-geral da polícia, mandou exumar o seu corpo, depois de morto e enterrado, para confirmar se não tinha ficado com olhos de carneiro mal morto. Para certificar o acto, na presença do Bispo Auxiliar de Lisboa, cujo nome é irrelevante para a estória, tiveram de lhe puxar pela língua e constataram que, para além de comprida, tinha a língua morta. Enfim, superstições, misticismos e outros desvarios do espírito humano, naturais naquela época e carecidos de razão, à luz do racionalismo cartesiano (agora esmerei-me). Graças a Deus que os tempos mudaram!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.