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Criei este blogue com a ideia de o rechear com estórias rutilantes, ainda que às vezes embaciadas. Penso que são escritas sagazes e transparentes, embora com reservas e alguma indecência à mistura. No entanto, honestas.
- «Passas o dia agarrado à porcaria do telemóvel; faltas às aulas; não levas o cão à rua; não pegas num livro e não arrumas o teu quarto! - bradava-lhe a mãe, desesperada - Garanto-te que não vais continuar na boa-vai-ela, foi a gota d'água! Quando o teu pai chegar a casa, vais entender-te com ele, ouviste?»
O pai chegou, zangadíssimo com a puta da vida e com o trabalho duro mal remunerado: uma merda de salário que quase não dava para o tabaco. Pior do que isso, e por consequência, eram as idas cada vez menos frequentes, ao estádio do seu "glorioso"; isso é que o magoava sobremaneira.
Com a mulher aos berros a fazer queixas do rapaz, as coisas descontrolaram-se e o homem não esteve com meias medidas: entrou de supetão no quarto do puto e pregou-lhe uma cabeçada, mesmo no meio da testa, que o deixou meio zonzo.
Recomposto, apesar de vacilar ligeiramente, o jovem replicou pronta e eficazmente com um "uppercut", com salto mortal à retaguarda, e rematando com um excelente pontapé lateral, com a parte externa do pé, que pôs o paizinho a ver estrelas, planetas e cometas, não obstante estar uma noite de nevoeiro cerrado.
Sacana do fedelho, desde que trocara a catequese pelo "kickboxing", até parecia que se sentia mais desinibido!
- Quando tocou a campainha, os amantes, bestialmente frustrados por via do coito interrompido (não confundir com o método anticoncepcional do coito interrompido), mas também dominados pelo terror, estremeceram sob os lençóis:
«Meu Deus, Pedro, quem será a esta hora!? Ai, Pedro que desgraça a nossa!» - Exclamou ela que até era casada com Pedro.
A tradição anedótica faz-nos tirar ilações precipitadas. Penso que é um defeito cultural. Se não for, olhem, que se lixe!
- E eis-me regressado a uma coisa de que gosto muito: a "criatividade literária". Este é o meu segundo blogue. O anterior "jaz morto e arrefece". Espero que desfrutem, senão, olhem, "desculpem qualquer coisinha!"
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