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Criei este blogue com a ideia de o rechear com estórias rutilantes, ainda que às vezes embaciadas. Penso que são escritas sagazes e transparentes, embora com reservas e alguma indecência à mistura. No entanto, honestas.
Se alguém se recorda, o negócio dos "diamantes de sangue" foi associado aos financiadores de conflitos (durante a década de 1990) na África Ocidental e Central. Aliás, bem a propósito, o americano, Edward Zwickp, baseado nessa brutal realidade em que os diamantes eram extraídos em zonas de guerra e vendidos para financiar acções armadas, produziu um grande filme, em 2006, titulado Diamante de Sangue.
Aparentemente, parece não haver ligação entre este intróito e o tema em epígrafe, mas, como diz o outro, "isto anda tudo ligado". Continuando:
Em 2021, uma investigação do jornal inglês The Guardian concluiu que mais de 6500 trabalhadores, oriundos da Índia, Paquistão, Nepal, Bangladesh e Sri Lanka, a trabalharem em turnos de 12 horas consecutivas, morreram nas obras de construção de estádios desportivos no Catar. Brutal é o mínimo que se pode dizer. Não porque sejam números que nos deixem perplexos. Pelo contrário, parecem deixar-nos indiferentes. Até porque parecem reflectir um novo paradigma do comportamento humano; um "novo normal", se assim se pode dizer, como reflexo de uma sociedade cada vez mais desumanizada...
Pode ser que EZ se lembre de fazer um filme acerca do sangue de milhares de "escravos", derramado na sua construção.
Leonardo DiCaprio, sem embargo da sua filantrópica dedicação às causas justas, podia-se prestar para protagonizar o papel do "magnânimo" Emir do Catar, coadjuvado por outras "magnânimas" personalidades ligadas ao mundo do futebol.
O título do filme poderia ser, por exemplo: Os Estádios de Sangue...
Em conclusão: é opinião geral e consensual de que a "festa" vai ser fantástica e muito colorida e antes de cada jogo vai haver um minuto de silêncio em homenagem póstuma aos que "transpiraram" muito para erguerem os lindos estádios do Mundial.
A FIFA só tem de estar orgulhosa...
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