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Criei este blogue com a ideia de o rechear com estórias rutilantes, ainda que às vezes embaciadas. Penso que são escritas sagazes e transparentes, embora com reservas e alguma indecência à mistura. No entanto, honestas.
Aparentemente, tudo leva a crer que este processo penal irá ser adiado, sine die. Isto, a julgar pelos comentários dos soalheiros do costume, observadores atentos ao que se passa nos corredores do poder celestial.
«Ó tio, ó tio! O tio sabe que, hoje em dia, há um novo meio de comunicação?»
«Ah, sim, meu insigne sobrinho? Então, diga lá!»
«Ó tio, vá lá, estou a falar a sério! Foi descoberto um novo meio de comunicação, palavra!»
«Está bem... e que meio vem a ser esse que lhe suscita tanto entusiasmo?»
«Ó tio, o que lhe sei dizer é que são umas vias tão rápidas que a gente nem sabe aonde vai parar, pois acontece tudo num ápice!»
«Aonde vai você com tanta velocidade, menino?! Troque-me lá isso em miúdos!... Num ápice?!... Acho que estamos a ir depressa demais...»
«Pois estamos, tio, mas isso é porque as vias são bestialmente rápidas, como lhe disse!»
«Você não estará a fazer confusão com aquela coisa da física quântica que teletransportava o Capitão James Kirk e o Senhor Spock para a outra banda enquanto o diabo esfregava um olho?»
«Talvez tenha razão; parece que essas coisas mandam, efectivamente, as pessoas à outra banda, como o tio diz...»
«Mas isso tornou-se banal, meu caro sobrinho! Não esqueça de que estamos a falar de um meio de comunicação do tipo, toda a gente manda para aqui e para ali indiscriminadamente!»
«Ó tio, fique descansado que eu vou investigar e depois conto-lhe como é que são elas!»
«Espere aí, meu rico menino. Agora fiquei cheio de curiosidade. Pode-se saber, ao menos, o nome desse novo meio de comunicação?»
«Ó tio, por via de regra, são vias de facto!»
«Ó tio, ó tio!»
«Diga lá, agora, sobrinho!»
«O tio, sabia que o homem é uma criança?»
«Ah, ele é isso? Olha que menino!»
«Ó tio, ó tio!»
«Hã?»
«O tio sabia que o homem é um animal que come muito?»
«Ah, come?! Espere aí que eu já lhe dou o arroz!»
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