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Criei este blogue com a ideia de o rechear com estórias rutilantes, ainda que às vezes embaciadas. Penso que são escritas sagazes e transparentes, embora com reservas e alguma indecência à mistura. No entanto, honestas.
- Vivo há um ano com um homem pelo qual continuo estupidamente apaixonada. Estou absolutamente abalizada para o afirmar porque ele é guarda-redes num clube da terceira distrital cujo nome não vem ao caso.
O sujeito parece ser meu amigo, só que sinto que não é, na verdadeira acepção, um amigo do peito, pois parece não ter a mesma destreza manual que demonstra à baliza, se bem que seja ambidestro. Por essa razão e outras de que me reservo o direito de omitir, por uma questão de decoro, o nosso ninho corre perigo de insolvência, pois a riqueza do nosso amor apresenta um passivo superior ao activo. Digo isto só para evitar confusões que não aproveitam a ninguém, muito menos ao sujeito.
- Tínhamos tudo para sermos felizes, inclusive uma casa junto ao mar.
E como eu desejava ardentemente que fosse um mar de rosas, meu Deus!
Porém, nem tanto ao mar nem tanto à terra! Mais a mais, tendo ele uma paixão obsessiva pela imensidão do mar!
Sinto-me tão desventurada que, às vezes, desato num pranto porque amo-o tanto, tanto e, no entanto, passa as noites a observar os barcos com um periscópio, ao passo que as passo a ver navios! Digo isto só para evitar confusões que não aproveitam a ninguém e muito menos aos grumetes!
E mais haveria para contar porque há mer e mer, há ir e Voltaire. Quem não se lembra desta expressão previdente que até parece um provérbio pelo aticismo e pela rima?
Continuação de bom domingo e permaneçam bem confinados. Sobretudo, não enlouqueçam! Melhores dias virão, se Deus quiser e o Diabo estiver pelos ajustes...
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