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Criei este blogue com a ideia de o rechear com estórias rutilantes, ainda que às vezes embaciadas. Penso que são escritas sagazes e transparentes, embora com reservas e alguma indecência à mistura. No entanto, honestas.
Há praticamente meio século Portugal vivia uma crise muito profunda. Em termos de imagem podemos compará-la, se quisermos, com aquele anúncio velhinho ao brandy Constantino: "A fama que vem de longe" para quem se recorda.
Depois de uns dias de remanso, eis que retorno a este tema que parece ter sido tão do agrado de quem passa por aqui e, em boa verdade, além de ter constatado o aumento entusiástico das leituras dos meus textos, acho que é um contributo superlativo para a formação pedagógica e manutenção da memória visual dos excelentíssimos leitores e leitoras, nomeadamente os que têm paciência para adivinhas.
Como é do conhecimento geral, se a venda da EDP foi um mau negócio para os portugueses, foi, outrossim, um negócio da China. É claro que também foi um excelente negócio para uns bons malandros da nossa praça, como não podia deixar de ser, n'é? Acho que não é preciso nomeá-los...
Depois, falta idear a táctica para o grande acontecimento que vai marcar o centenário do Novo Ano chinês que, como se sabe, será comemorado em 16 de Fevereiro do ano de... (é só fazer as contas). Isto apesar de antecipar que vai ser um ano com muito galo. Refiro-me, claro está, ao facto do 'protectorado' de Macau retornar à administração de Portugal.
«Já não era sem tempo! Espero estar ainda vivo!» - dizia Jim Tony Quon da Silva, um português, natural de Oliveira de Azemeis, a residir no 'protectorado' desde o dia do seu nascimento (do Jim).
Porém, isto não tem nada de surpreendente, como já se devem ter apercebido, pois a História tem demonstrado, ao longo dos tempos, que a China teve sempre dificuldades insuperáveis em adaptar-se à cultura macaense. No fundo, reflecte um pouco a nossa que, se é deveras estranha para nós, devemos imaginar para os chineses...
Se quisermos ser mais rigorosos na perspectiva histórica da coisa, sabemos que a muralha da China foi construída, basicamente, com o propósito de dificultar a onda migratória de macaenses para o seu território, até aí inexpugnável; se bem se lembram, na década de 1960 do século passado, Mau Zé Tuga (mais conhecido por Nove Sete Um), um magnata luso-descendente (louro!), curiosamente com os olhos em bico e sempre a fazer beicinho, já vinha a ameaçar Macau que ia erguer uma grande muralha e que os macaenses iam pagá-la com o corpinho.
Não obstante toda a problemática à volta desta temática, andam-se a fazer coisas às cegas, não se sabendo muito bem o que são, pois os observadores não têm observado seja o que for até à data em que escrevo este artigo.
Sem embargo da tinta da china que tem corrido, tudo isto perspectiva um absoluto desconhecimento das realidades do Oriente e subsequente desorientação.
O actual governador militar do território, o General de vinte estrelas Frang Gong Bao, disse um dia destes, numa entrevista exclusiva a Jay Chop Suey, um reputado jornalista da Beijing News, que perante a continuação do impasse nas negociações entre Portugal e a China, irá pedir a demissão do cargo e solicitar a cidadania portuguesa, por causa das tosses. E não é só o governador; os seus conterrâneos têm vindo a demonstrar a sua habitual e pachorrenta impaciência perante a actual situação. Inclusive, fala-se na eventualidade de um êxodo em massa chinesa para Portugal. Como se não nos bastasse o spaghetti, valha-nos Deus!
Urge fazer qualquer coisa e justificadamente porque, das duas uma: ou o governo português aceita o pedido de protecção ou Macau invade aquilo tudo e não é pouco! Mais a mais, já não falta muito para Portugal assumir a presidência da UE e, sob esse pretexto, já prepara um caderno reivindicativo, em jeito de ultimato, para apresentar aos espanhóis, na próxima cimeira ibérica, reclamando Olivença como território nacional que, como deduziram (e muito bem), tem tudo a ver...
Prosseguindo com a linha de raciocínio anterior, uma vez recuperada Olivença - a nossa querida Olivença, diga-se em abono da verdade - o resto da Espanha está no papo até meados do próximo ano, altura em que os reinos das Astúrias, Aragão, Galiza, Navarra, Taifas e naturalmente Catalunha, se juntarão às nossas forças vivas para submeter o reino de Castela e unificar, finalmente, a Ibéria. Granada ainda não sabe para que lado se há-de virar, se para a Ibéria ou para o Estado Islâmico. Mesmo assim, oxalá (Do árabe ua xā illāh) este grande projecto peninsular tenha pernas para andar! Nem que seja, pelo menos, com uma às costas!
Ainda, de regresso à China, sabe-se de fonte bem desinformada que os chineses, com o seu habitual sorriso amarelo, lá vão tentando convencer o mundo de que o arroz xau xau é bem melhor do que o nosso malandrinho com joaquinzinhos. No entanto, Macau contrapõe e ameaça com a eminência de uma invasão se eles teimarem em denegrir esta iguaria gastronómica nacional.
Assim, os indicadores indicam - passe a redundância - que o governo chinês vai levar este aviso muito a sério, parecendo que os macaenses, perante tal receio, também abdicarão das suas acções expansionistas, ao menos até à Festa da Lua.
No pressuposto de que Macau respeitará o acatamento do seu vizinho e actual 'administrador', uma delegação do Partido Monárquico Mandarim, na ilegalidade, deslocou-se a Lisboa, rodeada de excepcionais medidas de segurança e disfarçada de chinesices, a fim de se inteirar dos segredos da nossa generosidade para com o investimento estrangeiro e a forma como o facilitamos. Isso aliado à fantástica qualidade de vida de alguns portugueses.
Entrevistado, o chefe da delegação, visivelmente entusiasmado, afirmou: "Com os vistos Gold e massagens tailandesas, vamos vivel num autêntico palaíso asiático!"
Espelemos, então, pol um final feliz...
EM REPOSIÇÃO NA RTP MEMÓRIA. A NÃO PERDER.
Agora que Trump perdeu a corrida à Casa Branca, mesmo que esperneie muito, só tem uma alternativa: cumprir a promessa de que, se perdesse as eleições, sairia do país. Ora, como é consabido, embora refutado pelos seus apoiantes, ele sempre nutriu uma simpatia estranha por Putin. Isto, não obstante negar o óbvio.
Segundo os mentideiros habituais, a hipótese de Trump poder vir a mudar-se de armas e bagagens para Moscovo não está posta de parte...
Aqui só pra nós que ninguém nos lê: você acha que alguém, no seu perfeito juízo, acredita em marcianos, uns seres verdes horripilantes, com antenas ou cérebros desconformes, os quais parecem fazer, exclusivamente, parte do imaginário dos apreciadores do género, uns "aliennados" do caraças?!
Repare que sou do tempo em que ainda não se comiam pipocas nas salas de cinema durante a exibição de filmes! Nomeadamente, filmes como a "A Guerra dos Mundos", uma película de 1953 baseada no livro de H. G. Wells. Lembra-se ou já não é do seu tempo? Pois, olhe, eu, cá, não me lembro porque em 1953 era pequenino! No entanto, vi-o anos mais tarde numa sala onde as cadeiras faziam muito barulho quando a gente se sentava porque eram feitas de madeira.
Mas, como dizia, não se comiam pipocas nas salas de cinema com cadeiras de madeira. Todavia, em sua substituição, a malta entretinha-se a roer as unhas e a ler as legendas em voz alta. É verdade!
Porém, muito sinceramente - mais sinceridade é impossível - não acredito em marcianos. Por outro lado, não deixo de acreditar. É um paradoxo, não é? Também acho.
Isto é como tudo e não posso deixar de parafrasear aquele galego cujo nome já se me varreu: "No creo en brujas, pero que las hay, las hay!"
Por conseguinte, quando a gente não sabe com quem lida (ou com o que lida), é sempre bom recorrer a uma providência cautelar; vá por mim!
Bom, mas, para reforçar esta convicção, não obstante alguma hesitação - peço desculpa por mais uma contradição - , reporto aqui uma notícia que passou despercebida, já lá vão uns anitos largos, que deixou os aficionados por extraterrestres, no mínimo, curiosos. Isto porque em finais de 2007, um engenho robotizado, o "Spirit", enviado pela agência espacial norte-americana ao planeta vermelho, registou imagens da superfície de Marte e, entre elas, para espanto geral, surgiram três vultos verdes nos monitores de Cabo Canaveral. Curiosamente, estes vultos, analisados atentamente, fizeram lembrar as figuras de três humanoides, parecidos com alguém muito estimado pela maioria dos portugueses, num determinado e conturbado período da nossa história.
Alguns poderão pensar que é uma grande treta, produto da nossa imaginação (pareidolia), no qual o nosso cérebro, feito barata tonta, constrói imagens ilusórias. É um pouco como o fenómeno do oásis no deserto, sendo que os padrões dessa construção são sempre aleatórios, logo sempre sujeitos às contingências do momento. Perceberam? Eu também não, mas vou sugerir alguns exemplos: penso que já devem ter olhado para as nuvens no céu e visto cavalinhos, peixinhos, memés, a virgem Maria, o Pai Natal e outras figuras alegóricas.
No caso presente, não sei se se tratou de um fenómeno de pareidolia, mas uma coisa é certa: estes humanoides eram de tal modo parecidos com as personagens que referi que até causaram calafrios aos controladores do centro espacial!
Para ser honesto, penso que estes temas são sempre muito polémicos e não devem ser discutidos com ligeireza. Também penso que qualquer discussão em torno disto nunca é conclusiva, muito menos unânime. Porém aqui fica mais um testemunho para alimentar o debate.
A talhe de foice, você chegou a ver o filme "Marte Ataca" do Tim Burton e está a seguir uma série chamada Projecto Livro Azul (Blue Book Project, para inglês ver), ainda em exibição nos canais TVCine? Quando e se puder, (re)veja o filme porque é fantástico e está recheado de estrelas. Quanto à série, não perco pitada, juro; sou um "aliennado" por cenas de extraterrestres, palavra!
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