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Criei este blogue com a ideia de o rechear com estórias rutilantes, ainda que às vezes embaciadas. Penso que são escritas sagazes e transparentes, embora com reservas e alguma indecência à mistura. No entanto, honestas.
"A minha pátria é a língua portuguesa" - disse Pessoa que também se expressou em língua inglesa, coisa que considero muito irritante. Só para não dizer ultrajante que é chato. Que eu tenha conhecimento, Shakespeare nunca se expressou em português e isso, sim, é um verdadeiro insulto à língua lusa!
Tirando esta fatuidade, o Poeta é uma figura pela qual nutro muita simpatia, não obstante os meus descomedimentos. É este meu impulso para abexigar vultos da nossa História: os maiores e os menores. Os maiores por amor e os menores por dedignação. Aqui, Pessoa por particular carinho; e Pessoa foi pessoa de importância. Até porque também sou um insatisfeito com o tempo presente, como ele foi com o tempo passado, e ainda sonho com um destino grandioso para o meu país. Sei que é um sonho quase tão utópico como, por exemplo, a conquista de mais uma taça dos clubes campeões europeus pelo "glorioso" (actual liga dos campeões), mas nada está oculto que não venha a ser revelado, segundo São Marcos que, já no seu tempo, jurava solenemente ter visto a luz tantas vezes, ficando-se sem saber se teria sido ao fundo do tunel ou na segunda circular.
Portanto, a mística não morreu, está adormecida. Falta cumprir-se o nosso fado (ou desígnio) que nem sempre se traduz por uma fatalidade; nem todos os fados dão para chorar, por mor da santa!
Por conseguinte, que me perdoem os e as indefectíveis do legado literário de Fernando Pessoa e que me perdoem, também, a paráfrase com que iniciei este texto...
Com efeito, a língua é uma alquimia de palavras que constituem uma filigrana de emoções, ideias, memórias, mitos e realidades. Portanto, é essa mistura que forma o temperamento de um povo e é a essência da sua identidade. Dissociar Fernando Pessoa dessa essência pátria, penso que seria o maior dos desrespeitos.
Serve este curto manifesto para dizer que, tendo consciência das minhas profundas limitações intelectuais, não estimo menos a minha língua. Espero que quem a ama tanto ou mais do que eu e que, obviamente, aprecie o que escrevo, perdoe algumas gaffes ou imprecisões que cometa naquilo que vou publicando. Sei que são muitas e que passo a vida a reeditar escritos. Obviamente que aceito críticas que me ajudem a corrigir o que está mal. Sobretudo das pessoas que têm mais conhecimento e que, sem embargo da sua sabedoria, não as ostentem de maneira arrogante, como se já tivessem aprendido e apreendido tudo. Tolos dos que incham de erudição e tolos dos que lhes alimentam tais veleidades. Sejam felizes, a despeito deste ano que tem sido tão difícil para todos...
Eis que retorno a este tema, dado que o anterior foi recebido com muito entusiasmo por quem divagou por aqui: mais de um milhão de visualizações; é obra! Fartei-me de receber muitos comentários, como era expectável.
Houve pessoas, mesmo com todas as sugestões que deixei, que me perguntaram se a foto mistério não seria a do professor Marcelo. Imaginem, só, a falta de discernimento dessa gente! Todavia, deixo isso à vossa capacidade analítica, sem recorrerem à álgebra porque isso é batota.
Tive o cuidado de manipular a foto, no sentido de pôr à prova a memória visual dos visitantes. Desta feita a fotografia é a da Christine à Lagardère, 30 anos mais nova, actual Presidente do BCE, e conhecida pelas suas posições à Lagardère sobre Portugal:
"Espero que a Europa se possa justamente inspirar nos exemplos dados pelos portugueses que, após tanto esforço, estão perto de garantir o acesso à liga África" e outras merdas. Isto foi durante a outra "crise", ok? Agora tivemos mais duas, assim de chofre, q'é por causa das tosses! Contudo, convém ressalvar que crises é cá c'a gente.
Em 2011 apresentou a sua candidatura à direcção do FMI, depois do conhecido escândalo que envolveu Dominique Levi Strauss, então, director desta "prestigiada" instituição e fabricante de jeans Levi's, e as suas incursões secretas a uma casa de meninas à rue du Pigalle, à Paris (bien entendu), onde se cruzava, à saída, com a lambreta de Françoise Hollande, uma conhecida "drag queen", à altura, assídua frequentadora dos lupanares parisienses. Um deboche pegado, como é curial dizer-se.
Presumo que as pessoas mais expeditas reconhecerão a foto com muita facilidade. No entanto, aqui ficam algumas sugestões onde somente uma corresponde à personagem proposta.
Enfatizo que não há prémios, mas podem escrever a resposta num bilhete-postal e endereçá-la para as próprias moradas para testarem o grau de morosidade dos CTT.
Sugestões:
- André, o amiguinho da coelhinha acácia
- André Almeida
- Andre Agassi
- Lionel Richie
- Teresa Guilherme
Estou em crer que toda a gente acerta nesta, pois é tão evidente q'até chateia! Bonne chance!
E tenham uma boa noite, pelo menos, sem insónias. Olhem, experimentem contar de 500 até 1 que vou fazer o mesmo.
"Embora todas as partes estivessem cheias de vício/ Contudo o todo era um paraíso/ (...) O pior de toda a multidão/ Fazia algo pelo bem comum/ (...) A fraude, luxúria e orgulho têm de viver, / Enquanto, nós, os seus benefícios recebermos/ (...)Assim, o vício é julgado benéfico/ Quando é limado e limitado pela justiça. "
Bernard de Mandeville, The fable of the bees or, private vices, publick benefits (1714). Um pensador muito avançado para a sua época.
Admirável (!?) como pressagiou que há certos "hábitos culturais" cuja tendência é para se perpetuarem no tempo! "Aeternus et umquam", segundo o tradutor Google que eu de latim pesco zero...
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