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TENHO A PALAVRA

por João Castro e Brito, em 29.10.20

a minha pátria é a língua portuguesa.jpeg

"A minha pátria é a língua portuguesa" - disse Pessoa que também se expressou em língua inglesa, coisa que considero muito irritante. Só para não dizer ultrajante que é chato. Que eu tenha conhecimento, Shakespeare nunca se expressou em português e isso, sim, é um verdadeiro insulto à língua lusa!
Tirando esta fatuidade, o Poeta é uma figura pela qual nutro muita simpatia, não obstante os meus descomedimentos. É este meu impulso para abexigar vultos da nossa História: os maiores e os menores. Os maiores por amor e os menores por dedignação. Aqui, Pessoa por particular carinho; e Pessoa foi pessoa de importância. Até porque também sou um insatisfeito com o tempo presente, como ele foi com o tempo passado, e ainda sonho com um destino grandioso para o meu país. Sei que é um sonho quase tão utópico como, por exemplo, a conquista de mais uma taça dos clubes campeões europeus pelo "glorioso" (actual liga dos campeões), mas nada está oculto que não venha a ser revelado, segundo São Marcos que, já no seu tempo, jurava solenemente ter visto a luz tantas vezes, ficando-se sem saber se teria sido ao fundo do tunel ou na segunda circular.
Portanto, a mística não morreu, está adormecida. Falta cumprir-se o nosso fado (ou desígnio) que nem sempre se traduz por uma fatalidade; nem todos os fados dão para chorar, por mor da santa!
Por conseguinte, que me perdoem os e as indefectíveis do legado literário de Fernando Pessoa e que me perdoem, também, a paráfrase com que iniciei este texto...
Com efeito, a língua é uma alquimia de palavras que constituem uma filigrana de emoções, ideias, memórias, mitos e realidades. Portanto, é essa mistura que forma o temperamento de um povo e é a essência da sua identidade. Dissociar Fernando Pessoa dessa essência pátria, penso que seria o maior dos desrespeitos.
Serve este curto manifesto para dizer que, tendo consciência das minhas profundas limitações intelectuais, não estimo menos a minha língua. Espero que quem a ama tanto ou mais do que eu e que, obviamente, aprecie o que escrevo, perdoe algumas gaffes ou imprecisões que cometa naquilo que vou publicando. Sei que são muitas e que passo a vida a reeditar escritos. Obviamente que aceito críticas que me ajudem a corrigir o que está mal. Sobretudo das pessoas que têm mais conhecimento e que, sem embargo da sua sabedoria, não as ostentem de maneira arrogante, como se já tivessem aprendido e apreendido tudo. Tolos dos que incham de erudição e tolos dos que lhes alimentam tais veleidades. Sejam felizes, a despeito deste ano que tem sido tão difícil para todos...

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FOTO MISTÉRIO

por João Castro e Brito, em 26.10.20

foto mistério3.jpg

Eis que retorno a este tema, dado que o anterior foi recebido com muito entusiasmo por quem divagou por aqui: mais de um milhão de visualizações; é obra! Fartei-me de receber muitos comentários, como era expectável.
Houve pessoas, mesmo com todas as sugestões que deixei, que me perguntaram se a foto mistério não seria a do professor Marcelo. Imaginem, só, a falta de discernimento dessa gente! Todavia, deixo isso à vossa capacidade analítica, sem recorrerem à álgebra porque isso é batota.
Tive o cuidado de manipular a foto, no sentido de pôr à prova a memória visual dos visitantes. Desta feita a fotografia é a da Christine à Lagardère, 30 anos mais nova, actual Presidente do BCE, e conhecida pelas suas posições à Lagardère sobre Portugal:
"Espero que a Europa se possa justamente inspirar nos exemplos dados pelos portugueses que, após tanto esforço, estão perto de garantir o acesso à liga África" e outras merdas. Isto foi durante a outra "crise", ok? Agora tivemos mais duas, assim de chofre, q'é por causa das tosses! Contudo, convém ressalvar que crises é cá c'a gente.
Em 2011 apresentou a sua candidatura à direcção do FMI, depois do conhecido escândalo que envolveu Dominique Levi Strauss, então, director desta "prestigiada" instituição e fabricante de jeans Levi's, e as suas incursões secretas a uma casa de meninas à rue du Pigalle, à Paris (bien entendu), onde se cruzava, à saída, com a lambreta de Françoise Hollande, uma conhecida "drag queen", à altura, assídua frequentadora dos lupanares parisienses. Um deboche pegado, como é curial dizer-se.
Presumo que as pessoas mais expeditas reconhecerão a foto com muita facilidade. No entanto, aqui ficam algumas sugestões onde somente uma corresponde à personagem proposta.
Enfatizo que não há prémios, mas podem escrever a resposta num bilhete-postal e endereçá-la para as próprias moradas para testarem o grau de morosidade dos CTT.
Sugestões:
- André, o amiguinho da coelhinha acácia
- André Almeida
- Andre Agassi
- Lionel Richie
- Teresa Guilherme
Estou em crer que toda a gente acerta nesta, pois é tão evidente q'até chateia! Bonne chance!
E tenham uma boa noite, pelo menos, sem insónias. Olhem, experimentem contar de 500 até 1 que vou fazer o mesmo.

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SCARLETT JOHANSSON

por João Castro e Brito, em 21.10.20

scarlett johansson censurada.jpg

É verdade, também me custa admitir! Todavia, tenho de o partilhar convosco, senão rebento.
Desta vez, ando a sonhar com a Scarlett Johansson.
Desculpem lá se ainda não vos contei, mas nas últimas semanas o meu quotidiano tem sido tão atribulado que releguei este assunto para segundo plano. Contudo, penso que seria injusto esconder-vos isto. Assim, pensei em abrir o meu coração para vós, já que a minha mulher, infelizmente, deixou de me escutar.
É difícil descrever com clareza o que tenho vivenciado, mas dir-vos-ei que é uma experiência tão nítida que parece real; quase tão real como as que tive como Papa e como mulher do Papa, embora continue a ter a noção óbvia de que não passaram de sonhos. Quer dizer, não tenho a certeza de que foi tão óbvio assim, dado que pareço estar a viver episódios parecidos, só que com personagens diferentes.
Curiosamente – enfim, curiosamente é como quem diz – , tenho também a percepção de que estou a passar por momentos maravilhosos e tão intensos, não tivesse, por enquanto, consciência de que tais sonhos não passam de devaneios.
Já sonhei com a Nastassja Kinski e até, mesmo, com a Angelina Jolie, não obstante a primeira sofrer de dores reumáticas e a segunda estar transformada num chalezinho de ossos. Porém, não é a mesma coisa!
O problema é que, à semelhança dos sonhos com o casal papal, estes estão a adquirir contornos cada vez mais sinuosos a ponto de acreditar, cada vez mais, na minha insanidade mental.
Não quero dizer que desgoste de sonhar com estas personagens; muito, antes, pelo contrário! Contudo, perco a ideia da sua volatilidade e, quando acordo e vejo a imagem da Scarlett desaparecer, fico com uma sensação de vazio e rompo num pranto incontrolável.
O que é mais perturbador é o facto de isto parecer tirado a papel químico dos sonhos que vos tinha relatado há tempos muito recuados; só que desta vez com actrizes de cinema pelas quais sempre tive (desde pequenino) uma atração sexual compulsiva.
Por analogia com sonhos passados, é uma situação recorrente e, deste modo, já começo a confundi-los com a realidade.
Apesar de tudo, devo sublinhar que gosto muito de sonhar e nada me move contra quem partilha do meu gosto. Como diz o poeta, "sonhar é uma constante da vida, tão concreta e definida como outra coisa qualquer".
Ora, como facilmente se depreende, o poeta também já tinha chegado ao ponto de confundir o sonho com a realidade e isso mexe muito com qualquer espírito, já de si fragilizado.
Em face desta situação insólita que mais uma vez ameaça ficar fora do meu controlo, decidi, em mais uma tentativa, pôr tudo em pratos limpos e desabafar com a minha mulher e assim fiz, mas sem grandes expectativas.
Um dia destes, já bem acordado, cheguei-me mais para o pé dela, mordi-lhe a ponta do hálux, e contei-lhe as experiências que tenho tido. Contei-lhe tudo, tintim por tintim, sem esconder os preliminares que, como sabem, são o melhorzinho destas cenas. Ela ironizou com a situação, perguntando-me em que personagem se encaixava, nos meus sonhos. Respondi-lhe que a mais evidente era ela, visto ser a minha mulher e, naturalmente, partilharmos tudo. No entanto – ressalvei – , ultimamente, não tem aparecido nos meus sonhos, o que me deixa com um incómodo sentimento de culpa. Visivelmente aborrecida com a minha história, na presunção de que eu estivesse a traí-la com outras mulheres, inventando o pretexto de sonhar com actrizes de cinema, censurou-me energicamente e sugeriu-me que mudasse de assunto. Ou, então, que a deixasse dormir mais um pouco. Meio ensonada, virou-se para o outro lado e voltou a adormecer.
Não tinha como contra-argumentar. Que outra coisa poderia ser, a não ser mais um sonho? Um sonho lindo, certamente, mas não mais do que isso. Cá no íntimo dei razão à minha mulher, mas mesmo assim ...
Desta vez, beliscando-lhe o rabo, tornei a acordá-la e insisti na hipótese remota desta coisa me estar a dar a volta ao miolo. Expliquei-lhe, o mais convincentemente que me foi possível, que já não sabia onde ficava a fronteira entre a realidade e a fantasia e que as personagens femininas dos meus sonhos me estavam a consumir as últimas energias, nomeadamente a Scarlett Johansson.
Interrompeu-me o discurso, agora furibunda, ameaçou sair da cama e ir dormir, novamente, para o quarto da mãezinha. Pior, fez-me um ultimato: ou ela, ou as minhas fantasias, se eu teimasse em manter aquela "toada desagradável e sem nexo".
Um pouco magoado com a sua intransigência, embora compreendendo o seu aparente ciúme, obviamente infundado – abri-me com ela, mais uma vez, e não o devia ter feito – , virei-lhe as costas e acabei por adormecer novamente, a pensar como seria magnífico ter a Scarlett só para mim. As três seriam as cerejas no topo do bolo, mas não quero ser mais papista do que o Papa. Mais vale ter uma passarinha na mão do que três a voar, como é curial dizer-se.
Já o sol da manhã ia alto quando acordei a pensar que era a Scarlett Johansson e, para me certificar de que aquilo não era um sonho, belisquei o rabo do Colin. Desabafei o sucedido e ele sorriu enquanto se erguia da cama e vestia apressadamente uns boxers amarelo-canário com cupidos vermelhos estampados que havia enrolado ao fundo da cama. Depois, já bem acordado e com aquele seu olhar tão caracteristicamente lascivo, perguntou-me onde lhe escondera o seu "sex toy" predilecto.

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CAMPANHA DE SENSIBILIZAÇÃO

por João Castro e Brito, em 19.10.20

campanha de sensibilização.jpg

 

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EXPORTAR É PRECISO

por João Castro e Brito, em 18.10.20

Angelica e Sarcozinho.jpg

Dizia-se que a crise de 2008, a tal que obrigou à intervenção dos agiotas da troika em Portugal e Grécia, era a culpada do estado a que o Estado tinha chegado nestes países. Desculpas e outras que vamos ouvindo e lendo ao longo gerações porque se não é disto é daquilo ou até de aqueloutro ou, em bom português: se não é do cu é das calças.
Porém, e não pondo de lado a hipótese de existir aqui alguma parcela de fundamento, ainda que diminuta, se excluirmos as crises dos outros, com as quais podemos bem, já cá existia uma há uma porrada de séculos. Ademais, agora, levámos com mais uma que não é somente dos outros, talvez uma das piores de sempre. Isto, não contando com as opiniões dos que acreditam em teorias conspiratórias e outras merdas ou estão convencidos de que isto é inócuo. Não esqueçamos que o Trump chama àquilo o "vírus chinês" e o Bolsonaro, uma "gripezinha". E têm seguidores incondicionais (estúpidos incondicionais, para ser mais preciso)!
Mas, vamos lá saber, na minha modesta opinião e, naturalmente, saber limitadíssimo, como e quando começaram as crises em Portugal e, segundo o meu simples entendimento, qual a melhor forma de as contrariar:
A primeira situação de crise parece ter despontado no inicio da nossa fundação, quando os interesses do governo de Dona Teresa de Leão e os de seu filho Afonso Henriques entraram em colisão e resolveram a coisa à estalada. Situações destas entre uma mãe e um filho não são nada simpáticas e pior, foram um mau presságio para o que viria depois. O resultado é isto, passados quase novecentos anos de história.
Contudo, regressando ao assunto sobre o qual me propus escrever, penso que não se pode continuar a baixar os braços e confiar cegamente no poder Divino. O Senhor nem sempre está virado para aí ou seja: Ele é omnisciente e omnipotente, mas nem sempre é omnipresente. Portanto, não exageremos nas nossas reivindicações; temos de dar uma ajudinha, ser autónomos que diabo! Peço desculpa por misturar o profano com o sagrado, mas aqui até fica bem.
Há novos caminhos a percorrer. Se estiverem cheios de balsas, alguém tem de os desbravar. Afinal onde pára o engenho dos portugueses e o tão afamado espírito do desenrasca (não confundir com "geração rasca", expressão inventada pelo "senhor Silva")?
Por isso, este meu texto é o culminar de uma reflexão muito profunda e muito séria acerca da problemática da crise e penso que um contributo para ajudar a combatê-la. A bem da Nação, evidentemente.
Assim, para vencer a crise, é vital que ataquemos a coisa de frente três vezes sem tirar (há quem a ataque por trás; é tudo uma questão de perspectiva e até de gosto):
 
TEMOS ALGUMA TECNOLOGIA DE PONTA, MAS FALTA-NOS UMA MAIS SOFISTICADA:
Temos as horas de ponta, a ponta de Sagres, a ponta sobre o Tejo, a ponta Vasco da Gama, alguns fins de semana com pontas, a faca de ponta e mola, com ponta, sem ponta, mas, indubitavelmente, falta-nos uma verdadeira tecnologia de ponta e uma tecnologia tão sofisticada não se adquire assim do pai para a mãe. No entanto, não vale a pena pensar que somos impotentes perante a falta de ponta. Com um pequeno esforço, talvez possamos ir a tempo de arranjar alguma ponta, enfim, a suficiente para termos um final feliz. Faz-se o que se pode e a mais não se é obrigado, n'é verdade?
Vamos apontar, então, para uma verdadeira tecnologia de ponta. Não somos melhores nem piores que aqueles que não descortinam a ponta dum corno quando nos apontam o dedo como os maiores esbanjadores de fundos europeus. Um ponta pé no cu e vão para a ponta que os pariu, ociosos!
 
EXPORTAR É PRECISO:
Continuamos, obstinadamente, concentrados nas exportações de vinho do Porto, vinho de mesa, azeite, rolhas de cortiça, calçado, papel higiénico e lencinhos Renova (passe a publicidade), panelas de pressão Silampos (passe a publicidade) e pouco mais.
Temos fortes potencialidades para alargar o âmbito das mesmas a outros sectores da actividade económica, por forma a que, finalmente, possamos equilibrar a nossa balança de pagamentos e reduzir a dívida pública.
Destaco algumas ideias que me parecem pertinentes:
Exportação de chá, tapetes de Arraiolos e gatos para a Pérsia; Casas e rosas para o Butão; Milho para o Peru; Pescada para o Chile; Patos para a Patagónia, Rissóis para os Camarões; Negócios para a China; Cavaco e Maria para o Vaticano; Lâminas para Barbados; Malte para a Malta; Solas para o Ceilão, et cetera.
Se houver vontade política e capacidade empreendedora, é só negociar com os candidatos a importadores das nossas matérias, pois não nos faltam produtos de excelência.
E pronto. Penso que estas sugestões que aqui deixo para tentar minorar a crise devem ser objecto de um estudo muito sério por parte de quem de direito, seja ele administrativo, canónico, civil, comercial, comunitário, fiscal, internacional, penal/criminal, público, de autor e afins.
E, mais uma vez, insisto: protejam-se bem, nomeadamente os velhinhos porque os jovens não querem saber; são uns inconscientes do caralho!
Se a gente bater a caçoleta, da maneira que isto está, vai directamente para a salgadeira sem ter direito a missa de sufrágio, acreditem! Ao que chegámos! Mas não esmoreçam que melhores dias virão se não morrermos antes.

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VETERINÁRIO ONLINE

por João Castro e Brito, em 08.10.20

veterinário online.jpg

Pedido de apoio online de um dono de canídeo, dominado pelo desespero:
- Olá, o meu cãozinho faz cocó, justamente e a título excepcional, em cima de jornais e revistas que mostram fotos do André Ventura.
Gostava de saber, por especial obséquio, o que é que me aconselham por forma a contrariar esta tendência obsessiva do meu cão. Ajudem-me por favor; já não sei o que hei-de fazer, meu Deus!
Joaquim

Resposta de um veterinário:
- Olá, Joaquim. Temos alguma dificuldade em ajudá-lo, pois a situação que nos relata é muito vaga! Recomendamos que nos faculte informação adicional detalhada acerca do comportamento do seu amigo, para fazermos um diagnóstico psicológico mais rigoroso sobre o estranho hábito do animal. Nomeadamente, a idade do cão; se é reformado ou desempregado; se foi accionista do BPP, BPN, BES; se é um esquizofrénico da esquerda radical, et cetera..
Em face da informação adicional que nos prestar, poderemos eleger a forma mais adequada de tratamento para o bicho.
Sem outro assunto de momento, com os melhores cumprimentos,
a equipa do Veterinário Online.

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BERNARD DE MANDEVILLE

por João Castro e Brito, em 08.10.20

bernard de mandeville.jpg

"Embora todas as partes estivessem cheias de vício/ Contudo o todo era um paraíso/ (...) O pior de toda a multidão/ Fazia algo pelo bem comum/ (...) A fraude, luxúria e orgulho têm de viver, / Enquanto, nós, os seus benefícios recebermos/ (...)Assim, o vício é julgado benéfico/ Quando é limado e limitado pela justiça. "
Bernard de Mandeville, The fable of the bees or, private vices, publick benefits (1714). Um pensador muito avançado para a sua época.
Admirável (!?) como pressagiou que há certos "hábitos culturais" cuja tendência é para se perpetuarem no tempo! "Aeternus et umquam", segundo o tradutor Google que eu de latim pesco zero...

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