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Criei este blogue com a ideia de o rechear com estórias rutilantes, ainda que às vezes embaciadas. Penso que são escritas sagazes e transparentes, embora com reservas e alguma indecência à mistura. No entanto, honestas.
Vai-se tornando uma atitude integrista insistir na utilização de dinheiro cunhado e papel-moeda, visto que o papel tem tendência para voar com o vento (sim, também pensava que só acontecia com as palavras) e jogar à moeda já teve melhores dias.
Afinal, há tantas formas de optimizar a circulação fiduciária, optando, por exemplo, por outros tipos de dinheiro miúdo que não o que usamos no dia a dia, mais a mais com algumas caras e coroas que não conhecemos de lado algum e até temos raiva de quem as conhece.
Ainda houve alguém que um dia se lembrou do porta-moedas multibanco, mas foi uma aposta gorada porque a malta, conservadora, continua a gostar de sentir o chocalhar e o cheiro da moeda sonante, esse vil metal, em contraposição com o metal nobre que não é para todos os bolsos.
Para esses mantenedores, moedas esféricas seriam uma boa opção, pois são de fácil acomodação num vulgar bolso de calças (folgadas) porque permitem exercitar as mãos quando não estão ocupadas a mexer noutras coisas. Por exemplo, jogar bilhar de bolso que é um hábito tão do agrado cá do pessoal do burgo. Nas paragens do metro ou dos autocarros, nas estações de comboios e noutras zonas de espera, enquanto aguardávamos pela nossa vez, podíamos entreter-nos na jogatina.
Moedas em conserva podem ser uma visão mais bizarra para fazer circular dinheiro. Dinheiro de sardinhas ou esmolas pelas alminhas, como é comum dizer-se. Dinheiro como milho ou muito bago também podem ser opções interessantes.
Também se pode usar moeda a retalho, num metal bestialmente flexível e dúctil (passe a redundância; é só para encher), mas, para isso, teríamos de andar sempre munidos com uma régua e uma podoa com peta ou um cinzel - um podão com uma machadinha nas costas também serve - e, cada vez que quiséssemos fazer um pequeno negócio, seleccionávamos uma certa quantidade, terminando, deste modo, com os contratempos provocados pela falta de trocos.
Hã? Também acho que têm toda a razão, mas também não disse que isto era para ter lógica ou fazer algum sentido que é a mesma coisa, n'é?
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